11/06/2014

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Epel reúne educadores do Distrito Federal

Epel reúne educadores do Distrito Federal

Com o tema “A Escola Lassalista do século XXI: trabalhando competências, habilidades e valores”, o Encontro Provincial de Educadores Lassalistas 2014 iniciou em 02 de maio. A realização é feita por regiões. O Epel que aconteceu no Colégio La Salle Águas Claras nesta sexta-feira, 11 de julho, reuniu educadores da Rede La Salle das Comunidades Educativas do Distrito Federal.

Tivemos a abertura e acolhida dos Irmãos Daniel (Bandeirante), Ir. Marino (Asa Sul) e Ir. Jacy (Sobradinho).

A palestra com o Reitor do Unilasalle Canoas, Irmão Paulo Fossatti, com o tema: “Trabalhando Habilidades, Competências e Valores” foi muito significativa e importante para o crescimento profissional dos educadores. 

Em uma rápida entrevista à equipe de comunicação do Colégio La Salle Águas Claras, Fossatti, que é o reitor da Unilasalle Canoas, falou sobre os desafios, a importância das experiências e o papel da família na educação.

 

Qual é o maior desafio da Escola Lassalista do século XXI?

 

O maior desafio hoje é de fato nós superarmos uma cultura que tem por foco conteúdo, não o menosprezando, mas que transformando-o em um meio para desenvolver competências que a sociedade, o mundo, o mercado e as pessoas de fato precisam. Conteúdo por si só não potencializa o ser humano, agora o conteúdo junto com os valores da nossa filosofia Lassalista, junto com habilidades, com o conhecimento que nós produzimos, vão resultar em pessoas competentes. E pessoa competente na ordem técnica, na condição humana, de fato vivenciando os grandes valores humanos, e na gestão de habilidades. Comunicação, respeito, cultura da paz, cidadania, o ser ético, precisam ser desenvolvidos o tempo inteiro, e essas só se passam pela experiência, não vem através de conteúdo. Então a escola precisa sim recuperar o lugar da experiência que produza sentido na vida dos estudantes e também dos professores.

 

Você acredita que os professores estão preparados para fazer com que os estudantes vivenciem essas experiências?

 

A própria universidade já prepara muito o professor para professar. Ela se preocupa muito com conteúdos e quando isso acontece ela forma apenas o professor, aquele que vai professar algo. Hoje, com a tecnologia da informação,  essa fase já foi superada. O educador tem que ministrar, selecionar dentro de uma gama de conteúdos o que vai se incorporar dentro do projeto de vida dos nosso estudantes. Ele precisa ensiná-los a ter senso crítico E aí porque o professor entra em crise? Porque ele foi ensinado a professar conteúdos que não tem significado nenhum, que não favorecem a experiência. E é aí que se forma crise da implosão da sala de aula. Quando o professor  passar dessa função para se tornar educador, para aquilo que eu chamo de “desing educativo”, ou seja, um facilitador, administrador de conflitos de interesse entre mercado, família, escola e estudante, aí ele vai conseguir superar aquele conceito de que a aula é só para passar conteúdo. A aula se utiliza do conteúdo para propiciar vivências. Estamos na emergência de uma nova cultura, de uma identidade institucional e de uma identidade docente. Nesse período de transição, ser professor já não resolve mais. O período de transição ainda causa mal estar.

 

Qual o papel da família nesse processo? O que ela deve fazer para facilitar a vivência dessas novas experiências?

 

Desenvolver habilidades, competências e valores é também papel da família. Eu as vezes brinco que nós também deveríamos ter um boletim para pai e mãe, ou o responsável do estudante, para  ver como ele também está se comprometendo, se incluindo, participando do processo educativo. Porque a nossa concepção não é só de uma escola, mas de uma comunidade educativa, e comunidade se faz com pessoas e grupo de pessoas.

 

 As famílias também precisam ser educadas, e nós precisamos encontrar formas de envolvê-la no processo educativo. Todos os pais tem alguma habilidade, ao menos uma competências que se saliente. Se nós, por exemplo, começarmos a convidar a participar de um programa voluntário para serem educadores conosco, ali seria o primeiro passo para quebrar o estereótipo de que a educação compete somente à escola. Aí estaríamos quebrando essa fronteira que ainda dicotomiza escola e família.


Foram incluídos na programação uma mesa redonda, almoço e a Gincana Superação. Esta visou propiciar integração entre todos os educadores, que realizaram provas com o objetivo de desenvolver a solidariedade, o fortalecimento das relações interpessoais e a vivência do tema do Epel. 


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