06/03/2017

Ensino Fundamental II

Do texto ao mundo: entre narrativas e experiências

Do texto ao mundo: entre narrativas e experiências

Com o objetivo de estimular nossos estudantes, por meio de diversas ações, a compreender a leitura como uma atividade que possibilita não só crescimento intelectual, mas o entretenimento, o prazer e, até mesmo, o autoconhecimento, as professoras de Redação Karine Aragão (6º, 7º e 8º anos) e Talita Rosetti (7º e 9º anos) elaboraram, para o ano letivo de 2017, o projeto “Do texto ao mundo: entre narrativas e experiências”, que está sendo desenvolvido com todas as turmas do Fundamental II, em parceria com as docentes Elizane Lessa (9º ano) e Michelle Azambuja (6º ano).

“Há alguns anos, eu e a Karine investimos no trabalho com o livro Estrelas Tortas, do Walcyr Carrasco, e o retorno tem sido muito positivo. Percebemos que, quando sensibilizados pela narrativa, os alunos têm mais interesse em ler e em participar. Isso fez com que compreendêssemos que o jovem – ao contrário do que muitos adultos pensam – consegue se envolver sim com uma proposta de leitura na escola. Nas listas que desenvolvemos, buscamos privilegiar narrativas sensíveis cujas histórias pudessem proporcionar reflexões cotidianas e necessárias aos alunos do século XXI”, explicou Talita Rosetti.

O projeto vem se desenvolvendo a partir da distribuição de fichas aos estudantes com sugestão de leituras, além de visitas à biblioteca para apresentação de alguns títulos do acervo, estímulo à escrita de registros que falem sobre a experiência de leitura (que podem ser pontuados ou não), conversas constantes em sala sobre as temáticas abordadas nos livros, propostas de atividades interdisciplinares e, ainda, bate-papo com escritores.

“Tal projeto visa à formação humana de nossos alunos a partir do estímulo constante da leitura como uma forma de perceber o mundo, a fim de desenvolver o senso crítico. E percebemos que a atividade de leitura necessitava de um acompanhamento mais estimulante e contínuo, para que eles não perdessem o interesse pelas obras”, destacou Karine Aragão.

Na lista de livros recomendados para o 7º ano, por exemplo, são comuns os que abordam o problema do racismo, a questão do corpo, as relações na escola, entre outros. Foram recomendados também, para esse ano de escolaridade, livros que falam sobre a cultura indígena – que faz parte do tema da Campanha da Fraternidade deste ano e é pauta importante para o Brasil. Por meio dos livros “Vozes Ancestrais – dez contos indígenas” e “Lendas e Mitos dos índios brasileiros”, Karine e Talita pretendem estimular nos adolescentes um olhar mais atento à realidade indígena atual no país. “Esse debate, de um modo geral, é raro nas escolas e é preciso resgatá-lo de forma urgente”, enfatizou a professora Talita.

Já para lista do 9º ano foram selecionados não só os clássicos da literatura mundial, mas obras reconhecidas pela garotada como “moderninhas”. Eles poderão ler desde Shakespeare, com “Romeu e Julieta”, até Graciliano Ramos, com “Vidas Secas”, passando por George Owrell, com “Revolução dos Bichos”, e Jay Asher, com “Os 13 porquês”.

Muitos títulos sugeridos podem ser encontrados na biblioteca do colégio, alguns outros serão emprestados, pelas próprias professoras, aos alunos. Mas o interessante é que os estudantes também possam trocar entre eles, para a atividade não tenha um custo alto.

“Temos expectativas altíssimas. Estamos bastante comprometidas e esperamos que o projeto dê certo, com a ajuda dos alunos e das famílias. E a melhor resposta que podemos ter é a empolgação dos jovens diante de uma prática que precisamos resgatar”, finalizou Talita.

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