1º Seminário Inter-religioso: Diálogos para construção da paz
Na sexta-feira, dia 24 de novembro de 2017, foi realizado na Escola La Salle Pelotas para as turmas de 8º e 9º anos o 1º Seminário Inter-religioso com o lema: “Diálogos para Construção da Paz”. O mesmo foi organizado pelos professores de Educação Religiosa Mauro Ramis e Ir. Alberlan Coelho. O evento contou com sete representações religiosas: Padre Martinho Lenz (Cristianismo), Joab Bohns (Umbanda), Dóris Hartz (Espiritismo), Sérgio Abdul Rashid (Islamismo), Jaime Bendjoya (Judaísmo), Maria Teresa Silveira (Seicho-No-Ie) e Padma Querido ( Budismo).
A dinâmica do seminário consistia em cada representação religiosa responder a seguinte questão: como a sua religião ou filosofia de vida contribui na construção da cultura da paz? O objetivo geral foi mostrar para os alunos, na fala de cada representante, exemplos de tolerância religiosa, respeito ao próximo e, principalmente para com aqueles que têm uma crença diferente ou um outro olhar sobre as questões religiosas da vida.
Acreditamos que com o conhecimento mais profundo das religiões podemos diminuir o preconceito e a violência religiosa, potencializando o respeito frente à todas elas, contribuindo desta maneira para a construção da cultura da paz, pois ela é um comprometimento unânime, sincero e sustentado por todos/as. Portanto, cada ser humano, independentemente de seu credo, é chamado à criação de um mundo pacífico.
Sabemos que na atual conjuntura da sociedade, onde se pode observar a ignorância e o desrespeito frente às diferenças ou crenças religiosas, as guerras econômicas e políticas, as desigualdades, injustiças e violências, é um grande desafio construir a cultura da paz, contrapondo a cultura da violência. Entretanto, não podemos perder a esperança da construção da cultura da paz, pois ela permite ao cidadão um entendimento dos princípios e respeito pela liberdade, justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, igualdade e solidariedade. A cultura da paz implica uma resposta e uma rejeição da violência que tem sido parte integrante de qualquer sociedade, em seus mais diversos cenários (DUPRET, 2002).
Segundo Boff (2016) a cultura da paz tem início quando se cultiva a memória e o protótipo de líderes que representam o cuidado e vivência da dimensão da compaixão e misericórdia que nos habita, como Gandhi, Dom Helder Câmara e Luther King e outros. Importa também fazermos a nossa parte, começando por nós mesmos. Ou seja, cada um “estabelece como projeto pessoal e coletivo a paz enquanto método e enquanto meta, paz que resulta dos valores da cooperação, do cuidado, da compaixão e da amorosidade, vividos cotidianamente” (BOFF, 2016).
Portanto, o diálogo inter-religioso nos leva a crer que a cultura da paz há que se opôr a cultura da violência. Uma educação que preza pelos princípios da paz tem de estar presente em todos os discursos, todas as atitudes, todos os momentos cotidianos, na vivência escolar, no contato com o outro, que vivencia credos religiosos diferentes. Veja fotos do encontro