08/07/2020

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Alunos do EM têm encontro com biomédico da Fiocruz

Alunos do EM têm encontro com biomédico da Fiocruz

O Aulão Especial "A atuação do biomédico no cenário da pandemia coronavírus", com o biomédico Samir Campos, na manhã desta quarta-feira, foi um sucesso entre os alunos das 

2ª e 3ª séries do Ensino Médio. O professor da UFRJ e  pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abriu o encontro virtual relatando suas atividades na fundação e lembrando que o interesse pela área da biomedicina surgiu na escola, durante o Ensino Médio, despertado por um excelente professor de biologia. 

Com mestrado e doutorado na área, atualmente Campos trabalha no desenvolvimento de kits para o diagnóstico (exame) de COVID-19 e na pesquisa de um possível medicamento para tratar a doença. O convidado falou da sua trajetória acadêmica, dos estudos que desenvolveu, voltados à dengue, descreveu algumas funções do biomédico em diferentes áreas, incluindo a biomedicina estética e análises clínicas. “São 30 habilitações normatizadas”, observou, comentando que no Rio de Janeiro ele vê crescer a atuação do biomédico no setor do diagnóstico por imagem. 

As possibilidades que um profissional da área tem de se tornar pesquisador em outros países, a troca de conhecimento com estudiosos do mundo inteiro e o acesso às mais modernas tecnologias foram alguns atrativos da profissão apontados pelo professor aos alunos.  

Respondendo a questionamentos dos estudantes e de professores que participaram do encontro, o  convidado ainda falou sobre a pressão que os profissionais hoje sofrem para a criação de uma vacina que encerre com o ciclo de contaminação pelo coronavírus. Sobre o atual cenário, ele disse que “de forma geral, as perspectivas são boas”.  Declarou que há tecnologia rápida para a criação de vacinas, entretanto enfatizou que o processo de liberação não é imediato como as pessoas desejam que fosse, pois vários fatores e inúmeras variáveis têm que ser levadas em consideração antes de colocar um medicamento no mercado.

A possibilidade de uma nova onda de contaminação pelo coronavírus, depois de um período de surto controlado; os questionamentos sobre imunidade pós contaminação; a mutação desse vírus, que não tem taxa muito expressiva no Brasil, segundo CAmpos, foram outros pontos da conversa. 

Ao final, o convidado, além de esclarecer detalhes da sua profissão, deixou uma lição de amor e dedicação ao universo da pesquisa voltada à saúde e à melhoria da qualidade de vida das pessoas.

A conversa online contou com a participação dos professores de Ciência e Biologia do Colégio, Jerônimo Loureiro, Mariana Figueiró, de Sociologia, Rafael Barros, de Língua Portuguesa, Fábio Castilhos, além da orientadora pedagógica, Rosane Martins.

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