06/12/2013

Eventos

Concurso Literário 2013

1° LUGAR: Luciana Rodrigues Curado de Souza, n° 18: T.71

O DEVER DO JOVEM

O jovem tem o compromisso

do mundo transformar.

O futuro está nas mãos

daqueles que querem mudar.

 

Nossos pais e avós

Iniciaram essa transformação

E nós devemos continuar

Para que a luta não seja em vão

 

Um novo mundo vamos fazer,

Começando pela saúde e educação

Só assim vamos ter

Igualdade, amor e superação.

 

Também não podemos esquecer

da natureza preservar.

Árvores, rios, céus, cachoeiras

Também devemos cuidar

 

Poesia, literatura, dança e teatro,

É a cultura que nos envolve

Buscando manter

A Tradição daquele que um dia foi jovem.

 

2° LUGAR: Felipe Menezes Jardim Cavalcante, n° 13: T. 61

UMA VIDA SEM AMANHÃ

 

Eles se acham inteligentes

Mas, em verdade, inconsequentes.

Por conta de influências maldosas

Afundam no oceano das drogas

 

E depois, ao longo do meio fio

Jovens agora traficantes

Passando um extremo frio

Derramam lágrimas agonizantes

 

E ao acordarem, sem o próprio Ser

Uma vida não vão ter

E me pergunto se a culpa é deste mundo doente,

Ou do pequeno jovem inocente...

 

 3° LUGAR: Amanda Beatriz de Lucena Sales, n° 2: T.71

JOVENS NO FUTURO

Jovens que sonham

Jovens que gritam

Por um futuro melhor

À beira do rio...

 

Idolatramos a pátria

Que no oprime

Aguardando até à morte

Ter um pouco de sorte.

 

Somos jovens à procura da Felicidade

Massacrados pela Crueldade

Sedentos de Liberdade

 

Somos jovens repletos

De amor

De fervor

E de Esperança

 

Um futuro melhor

Desejamos a todos

Somos jovens preparados

Surfando em mares nunca d’antes navegados.

 

Categoria Crônica

1° LUGAR: Gabriel Zanchi Nunes, n° 13: T. 82

A Linguagem Secreta das Mulheres

Você já reparou que as mulheres se comunicam com o olhar e as expressões faciais? E isso ocorre principalmente no colégio, já que elas não podem se levantar para conversar no meio da aula. Elas "desenvolveram" uma linguagem, elas olham umas para as outras e fazem caras estranhas, mas não são expressões comuns como: "estou feliz", "estou triste", "estou com raiva", é algo complexo, elas realmente conseguem se comunicar. Nessa linguagem um movimento facial "errado" pode mudar todo o significado da "expressão".


Eu me pergunto: o que será que elas falam? Será que é sobre mim? Será que é sobre a professora? Será que falam sobre a aluna nova? Será que falam frases esdrúxulas? Fofocam sobre o quê? Já nascem sabendo essa linguagem ou aprendem com o tempo? São perguntas que ficam no ar.

Outra pergunta que me faço é: será que nós, homens, podemos aprender essa linguagem secreta? Por que elas não querem nos ensinar? Eu creio ter a resposta para essa pergunta: elas têm medo de que entendamos o que elas falam, por isso não ensinam essa linguagem para nós, homens.

Um fato que chamou minha atenção é que cada grupo de amigas tem uma linguagem diferente, talvez seja para evitar que outro grupo, com interesses antagônicos, entenda as conversas internas e comece a espalhar para escola inteira. Não sei! Mas essa, e muitas outras perguntas...

Resumindo: o "Universo Feminino" é complexo e muito intrigante para o pequeno "Mundo Masculino". O que será que se passa, na cabeça das mulheres, que as torna impossíveis para um homem entender? 


2° LUGAR: Rebeca Nunes Berka, n° 30: T. 82

O Fundão do ponto de vista estudantil

Escola, a primeira interação social do indivíduo. Os bons tempos de Maternal e os amigos de longa data. Como era bom, no início, para nós, estudantes, dormir um dia inteiro, brincar de massinha e rabiscar em folhas e mais folhas de papel. Os tempos mudam, as matérias ficam mais difíceis, porém continuamos com a enorme vontade de cativar amigos.

E os amigos, sim, estes mais do que as matérias, fixam-se na nossa mente como referência de uma época, pois todos nós sabemos que você só se sente bem no ambiente escolar se possui amigos. Podem ser os professores, a tia da cantina e, principalmente, os colegas. São eles que riem de você quando você cai, mas te ajudam a levantar; eles que te dão um teco do lanche quando você esqueceu o seu; são eles que te alegram se você tirou uma nota baixa e eles que oferecem ajuda em Matemática. Pois é, quem seríamos sem nossos amigos? Sorte é que em cada sala há um abrigo onde até os tímidos tomam-se populares, onde todos possuem a chance de serem conhecidos como realmente são.

Este lugar é o fundão. Sim, caro leitor, refiro-me às quatro últimas cadeiras de cada fileira, local de constante felicidade, onde todos se tornam amigos em busca da mais perigosa arte: a bagunça!

Lá são criados os apelidos, os bordões e aperfeiçoadas diversas técnicas para tacar bolinhas de papel, contar piadas e, a mais importante delas, bagunçar fora do campo de visão do professor. Logicamente, a maioria não é boa nesta parte, ainda mais tendo que competir com a vivência dos professores, de anos e anos lidando com centenas de salas e milhares de habitantes do fundão.

Atenção! A turma infectada com o fundão apresenta queda nas notas de conceito, bombas nas provas, além de, aproximadamente, três broncas por aula. Uma coisa é certa: se o aluno se adapta ao fundão, aquela é a sua casa! Mas, como tudo neste mundo há volta, basta uma mudança radical no mapa de sala e pronto! O que resta ao pobre estudante são apenas lembranças de quando estava no auge da felicidade e da irresponsabilidade.

E são essas lembranças que um dia contaremos aos nossos filhos, talvez ao lado de colegas que viraram amigos para vida toda, e que, como participantes ou espectadores do fundão, viveram lá, no ponto cego dos professores, as histórias mais sinistras da nossa vida escolar.


3° Lugar: Bruna Fabro Neri, n° 2: T. 83.

Ficou doida, vovó?

- Uai VÓ, se embriagando depois de velha, é? – Perguntei.. 

Eu e meus primos tínhamos liberdade suficiente para brincarmos com nossa querida avozinha. 

- Não seus espertinhos! Estou aqui apreciando e me comparando com esse maravilhoso vinho. Eu sou como ele: com o tempo fico cada vez melhor. Aliás, quero dar uma notícia: vou voltar a estudar e já me matriculei em uma escola.

Eu e meus primos não sabíamos se achávamos graça ou se a internávamos. Antes de falarmos qualquer coisa, ela já tomou a vez:

- Meus netos, eu já criei todos os meus filhos, cuidei de toda a família, agora eu vou cuidar de mim. Eu tenho 70 anos. Vocês me julgam velha, mas, sinceramente, velhos são vocês, pois acreditam que a vida termina com o tempo e eu penso que ser jovem é justamente contrário. Com o tempo aprendemos a viver. Vocês já pararam para pensar e se questionar que é escola? Pra mim escola é um local que nos ajuda a aprender, e qual é a idade que nós paramos de aprender? Aprendemos sempre. Meus netos, o que é ser jovem? Juventude tem a ver com a idade física ou com a nossa cabeça? O corpo, é certo, se desgasta com o tempo, mas a nossa cabeça está voltada à nossa vontade de viver. Isso pra mim é juventude. Quando eu era mais nova, eu não pensava assim, desperdicei algumas oportunidades de estudar. Agora que eu "envelheci", adquiri mais vontade de aproveitar o meu tempo, tempo de aprender. Por isso resolvi voltar à escola, pois sou mais jovem hoje do que era na minha "juventude", e a escola, assim como a minha cabeça, jamais envelhece. Juventude pra mim é mais do que vigor físico. É vontade de viver, e viver é aprender. E a escola pra mim é uma ferramenta importante nesse processo. Observem esse vinho. Com o tempo ele adquiriu um novo sabor. Sabor pra mim tem a ver com saber. Quanto mais sabemos, mais "saborosos" ficamos. Vocês que não entendem nada de vinho, ao analisar a data deste que estou bebendo, podem julgá-lo velho, mas eu Ihes digo, ele não é velho, ele é maduro. Está no ponto certo, está com a cor perfeita e o gosto ideal, pronto para ser saboreado. Assim é minha vida. Pretendo saboreá-Ia com muito prazer. Um brinde à vida, queridos netinhos!


Categoria D

1° Lugar: Ana Paula Barroso de Melo – Turma 202

A trajetória da juventude

A juventude é uma fase de muitas descobertas. É um período de instabilidade em que os hormônios estão à flor da pele e que as responsabilidades batem à porta. É uma fase de sonhos em que não existe a plena maturidade e tampouco a plena imaturidade. É uma época em que o desejo de não estar sozinho, de não ter regras, a ânsia pelo prazer e diversão e a busca pela felicidade são constantes. Mas, o verdadeiro desafio é: como fazer as escolhas certas.

Os familiares são chatos, não os entendem, são muito velhos comparados aos jovens de atualmente, não falam a “sua língua”, só sabem reclamar e dar ordens e vivem em mundos diferentes. Dessa forma, vão se criando barreiras entre pais e adolescentes, ou seja, cada vez os filhos estão mais e mais fora de casa, cada vez mais o diálogo vai desaparecendo e cada vez mais os jovens tentam camuflar esse vazio com amigos, namoro, balada, drogas e bebidas. A liberdade e independência acabam sendo muito almejadas.

O jovem é muito inseguro, procura sempre se comparar aos outros e se inserir em algum “grupo”. É uma juventude em que os que não bebem, não fumam, não usam drogas, não usam certo tipo de roupas e não vão para a balada são os fracassados, isolados, antissociais e parvos e se leem livros e estudam são os “nerds”. É uma juventude em que ser desonesto é normal, pois copiar a tarefa do colega já virou rotina, assim como colar em provas. Reprovar e ficar de recuperação também já é de praxe. Namorar sério, nem pensar, o bom mesmo é “ficar” com um em uma noite e com outro na outra noite.

Em uma sociedade que a todo tempo prega ideias e valores distorcidos, as atitudes que levam ao sucesso e à ruína moram ao lado e, dessa forma, torna-se realmente difícil fazer as escolhas certas. Em um século de tantos avanços científicos, o mistério da juventude ainda continua oculto, pois, segundo Platão, de todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar, mas o objetivo de todos continua sendo o mesmo: a busca pela felicidade e, nesse labirinto, muitos acabam se perdendo.

 

2° Lugar: Ana Luísa Barroso de Melo - Turma 202

 

OS DESAFIOS DE SER JOVEM

Ser jovem nunca foi uma tarefa fácil, principalmente nos dias de hoje. Nessa época de transição entre a infância e a maturidade adulta os hormônios estão à flor da pele e os pensamentos, atordoados, sofrem constante influência dos meios externos. Os jovens encontram-se completamente desnorteados e precisam de cuidado. Recebem, seja da mídia, dos amigos ou da escola, tentadoras propostas para diversos caminhos. No entanto, é preciso escolher, com sapiência, apenas um para seguir.

Há uma busca incessante pela liberdade e felicidade. Entretanto, é preciso cautela na escolha dos meios com os quais pretendemos alcançar certos objetivos. Muitos optam por caminhos que levam à pseudo-felicidades, diversões momentâneas que contribuem para a autodestruição. Isso ocorre muito em função da mídia, que apesar de não ser o único agente, exerce forte poder de influência sobre as opiniões juvenis. Esta determinou que o feliz jovem contemporâneo é inconsequente, inescrupuloso e livre para fazer o que quer. Logo, bonito é ir a festas, aos 16 anos e voltar para casa não só embriagado, como sob efeito de drogas e de preferência o mais tarde possível.

Devido aos problemas que enfrentam, estão sempre precisando de carinho, de alguém que os trate bem e com gentileza. Por isso são facilmente iludidos e ludibriados. Criam as mais diversas expectativas e fantasias, pois têm muita energia para gastar, mas no final, pouco tempo para fazê-lo. Enganam-se com qualquer coisa por serem muito inocentes e inexperientes. Em razão da confusão de sentimentos em suas mentes, ora estão tristes, ora felizes, ora zangados, ora de bom-humor. Mais uma vez, precisam de cuidado.

Para ser jovem é preciso coragem e muita força. É preciso lutar sem ser derrotado, ir em busca dos sonhos sem deixar que eles sejam sufocados, divertir-se sem ser enganado pelas alegrias momentâneas, e nunca perder o gosto pela vida. Sem deixar de lado a ética, o caminho a ser escolhido deve ser o que traz mais felicidade, mas uma felicidade saudável, que faz bem. É preciso que, como dizia Albert Einstein, exista uma força que é mais poderosa que a energia atômica: a vontade, não só de viver, mas de enfrentar todos os desafios que vierem.


3° lugar: Vinícius Marinho Lima -  Turma 101

 

O mundo dos jovens e os jovens do mundo

Para muitos, falar sobre os desafios de um adolescente é uma tarefa simples. Os jovens não trabalham, não sustentam uma família nem têm problemas com a vida. Essa visão é egoísta e ignorante. Desde o início da civilização os adolescentes têm um papel semelhante, mas que muda assim como a sociedade onde estão inseridos. Há cem, duzentos anos, o papel do filho, nem criança nem adulto era definido quanto a sua situação financeira: se nascesse em uma família de alto poder aquisitivo, estudaria em uma boa escola, em uma boa universidade e tenderia a ser um bom profissional; se nascesse pobre, ajudaria os pais com o trabalho e na sobrevivência, tendendo a um futuro mísero e ainda mais incerto.

Hoje, o que caracteriza a função dos jovens em uma sociedade ainda são essas obrigações. Mas é certo que, da mesma forma, o dever de um adulto também é padronizado e tradicional; trabalhar, ter alguma diversão, constituir família e cuidar dos filhos. Então, por que os jovens são tão subestimados?

A imaturidade é uma das respostas preferidas daqueles que pensam mandar e desmandar no mundo. O fato é que os jovens têm sim um diferencial na sociedade contemporânea, onde está sendo inserida a cultura da participação juvenil. Esta é uma das principais dificuldades enfrentadas pelos jovens do mundo: tomar decisões políticas, sociais e pessoais que sejam levadas a sério pela classe dominadora, que muitas vezes os veem como infantis, privando-os de uma participação ativa na sociedade.

Desde muito cedo as pessoas são cobradas e até mesmo obrigadas a fazer ou ser o que não querem. Para a classe jovem, essas cobranças são mais frequentes – seja dos pais, seja da própria sociedade onde estão inseridos. O corpo dos adolescentes está em constante transformação, seja física ou mental, e acaba por ser outra dificuldade em suas vidas. A procura pela aceitação em um grupo, a pressão social, os padrões de beleza cruelmente impostos pela mídia e as frustrações cotidianas levam-nos para uma armadilha cuja aparente salvação é uma personalidade inventada e métodos radicais de mudança estética. A família e a escola exigem esforço e comprometimento de seus filhos e alunos, que terão deveres para com estas instituições. O futuro também os assusta. A ideia de que o que fizerem durante a sua juventude refletirá no que está por vir, pois as escolhas de hoje serão a realidade do amanhã.

Os adolescentes têm muito que aprender, isto é certo, mas são os homens conhecedores do mundo que devem ensinar a eles o que a vida exige que saibam, para que, então, tornem-se cidadãos de um mundo melhor. Os jovens são a esperança de um mundo mais humano e igual, mundo que irão construir mesmo com todos os desafios que têm de enfrentar.

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