29/06/2018

Ensino Fundamental I

5º ano recebe haitiano para falar sobre imigração

5º ano recebe haitiano para falar sobre imigração

Os alunos do 5º ano receberam, no dia 27/6, a visita de Vilson Monneus, haitiano que vive no Brasil há três anos. Vindo em busca de melhores condições de vida, Monneus contou aos alunos sobre o processo de imigração, os desafios enfrentados e como vive atualmente em Porto Alegre. O haitiano de 23 anos, é Operador de Máquina, faz curso tecnólogo e fala quatro línguas.

A visita contribuiu para uma maior compressão dos alunos sobre o tema miscigenação, foco do projeto “RS: Vivências que transformam o conhecimento em pluralidade e em consciência de si e do outro”, desenvolvido na série. “Buscamos aprofundar a discussão sobre a vinda dos imigrantes para o Rio Grande do Sul, mesmo passados 278 anos de sua chegada”, contam as professoras.

Para Gabriel Scotti, a experiência de conhecer a cultura haitiana foi muito legal. O que chamou a atenção do aluno, entre os aspectos partilhados por Vilson, foi a rigidez dos professores e as dificuldades de locomoção até a escola: “Eles caminhavam uma hora e meia para chegar”, destaca. Este também foi um dos aspectos que chamou a atenção da aluna Julia Zinnani. Para ela, foi possível compreender que em alguns países é mais difícil de viver que em outros.

“Ele falou como era o tráfico de escravos e como era difícil a vida da América Central” conta Isadora Fernandes. Sobre dificuldades, Julia entendeu que aprender a língua portuguesa foi bem difícil para o imigrante e Gabriel percebeu que o haitiano teve que batalhar para se sustentar e lidar com a saudade da família.

“A gente aprendeu com ele que se deve enfrentar as dificuldades do caminho. Se a gente não enfrentar, não consegue nada. Ele queria vir pro Brasil e conseguiu”, concluiu Gabriel. Conforme as professoras, despertar a capacidade de percepção e sensibilidade diante da história do outro é um dos objetivos do projeto: “Modificar o nosso olhar, nos remetendo ao conceito de estética que abrange, dentro da diversidade, o belo que o outro desperta dentro de mim”.

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