No dia em que nossa cidade completa 247, queremos saber se você conhece alguma lenda urbana de Porto Alegre? Muitas vezes nascemos e moramos na cidade, mas desconhecemos as lendas que se mantem preservadas com o passar dos anos e o desenvolvimento urbano.
Nesse sentido, a fim de oportunizar a interpretação e a problematização da nossa cidade como lugar de memórias e, também, promover a Saída de Estudos “Diferentes Olhares sobre Porto Alegre” (prevista para abril), os professores do 6º ano/EF realizaram a Aula Interdisciplinar “Lendas Urbanas de Porto Alegre”.
A atividade foi realizada no turno inverso e iniciou no almoço, quando os alunos foram convidados a saborear um delicioso salsipão preparado pelos professores. Após, as turmas se reuniram no Salão do bloco D. A Aula Interdisciplinar iniciou com as palavras da professora de Língua Portuguesa, Ithiana Menezes, que introduziu a temática esclarecendo as diferenças entre mito, lenda e folclore.
Em seguida, quatro lendas da Capital Gaúcha foram exploradas pelos professores através de narrativas. “Os Crimes da Rua do Arvoredo” foi apresentada pelo professor de História, Eduardo Soares; “A lenda das torres malditas”, pelo professor de Geografia, Cleomar Graef; “A loira misteriosa”, pela professora de Língua Portuguesa, Ithiana Menezes; e “A prisioneira do castelinho”, pela professora de Arte, Marcia Costa.
Considerando a importância de reconhecer e valorizar a cultura para a formação do indivíduo, a Aula Interdisciplinar “Lendas Urbanas de Porto Alegre” estimula a valorização da história local e pessoal e a descoberta dos alunos como agentes de transformação social.
Saiba mais sobre as lendas:
Crimes da Rua dos Arvoredos
No Centro Histórico de Porto Alegre, José Ramos, sua esposa húngara, Catarina Palsen e o açougueiro alemão, Carlos Klaussner, mataram uma série de pessoas em sua casa na Rua do Arvoredo (atual Rua Fernando Machado). Após os assassinatos, desfaziam-se de partes dos corpos produzindo linguiças de carne humana, que eram vendidas e bem aceitas no comércio local.
As Torres Malditas
Construída por escravos no século 19, a Igreja Nossa Senhora das Dores, no Centro (Rua dos Andradas, 587), ficava em frente ao antigo Largo da Forca, onde eram executadas as pessoas condenadas à morte. Dizem que um escravo que trabalhava na construção do local foi executado injustamente e teria rogado uma praga de que a igreja jamais ficaria pronta. A obra demorou mais de 100 anos para ser concluída, e, por isso, há quem acredite que a maldição funcionou.
A Prisioneira do Castelinho
No fim dos anos 40, um homem apaixonou-se por uma mulher, 22 anos mais jovem que ele. Construiu para ela um castelo em estilo medieval e lá foram morar juntos. Muito ciumento e obcecado pela esposa, ele a manteve prisioneira por quatro anos. Ela não podia se aproximar nem das janelas do prédio. Depois de quatro anos (1948 a 1952), cansada do ciúme do marido, ela resolveu deixá-lo. O Castelinho fica na Rua Vasco Alves, 432.
A loira misteriosa
Contam os taxistas que, em um ponto de táxi na Av. Otto Niemeyer esquina com a Cavalhada, costumava aparecer uma cliente especial. Loira, bela e trajando um vestido vermelho, ela aparecia à noite. Quando ela tomava o táxi, mandava seguir para um lugar qualquer que passasse em frente do Cemitério da Vila Nova. Ao passar no cemitério, a misteriosa mulher simplesmente desaparecia do veículo.