O cenário social e político e o desafio do jovem na transformação da sociedade foi tema de um debate realizado no auditório da Ulbra em Carazinho, na última sexta-feira (03). O Chefe da Casa Civil do RS, Márcio Biolchi, a Presidente da Câmara de Vereadores de Não-Me-Toque, Paula Samuel Van Schaik, o Palestrante Empresarial, Gabriel Colle, o Líder estudantil, João Pedro Giaretta e o Deputado Estadual Marcel van Hattem foram os convidados para protagonizar o debate mediado por Ana Maria Leal e Lucas Gabriel Lopes.

Depois de uma breve apresentação dos convidados, cada um teve 10 minutos para contextualizar o cenário atual, destacando questões pertinentes quanto ao atual governo e a atual situação do país e a importância do jovem assumir papéis de liderança e participar da política. O público, que lotou o auditório da Ulbra, participou em peso com perguntas aos debatedores.

No final, cada debatedor deixou sua mensagem para o público que estava participando.

Um dos principais assuntos abordado pelos debatedores foi em relação a participação do jovem na política, na sociedade e o quanto ele pode mudar a política. Foi unanimidade entre os participantes a ideia de que o jovem deve sair da zona de conforto e lutar por uma sociedade melhor.

O evento foi promovido pelo Colégio La Salle, Revista Lideranças e ULBRA Carazinho.

Em uma coletiva de imprensa realizada no Colégio La Salle com o deputado e cientista político Marcel van Hattem, ele destacou a necessidade de renovação que a política atual tem. “Nós precisamos investir em uma nova geração, nessa geração que quer ver perspectiva no Brasil, que quer não apenas pagar a conta que vai ser deixada da irresponsabilidade, da incompetência das lideranças anteriores mas que vai assumir pra si a responsabilidade de colocar o Brasil nos lucros. Por isso é importante que se debata política com os jovens, que se discuta política o máximo possível”, disse.

Marcel, que é autor do Projeto de Lei “Escola sem Partido”, que visa dar a pluralidade de ideais dentro da sala de aula, ressaltou a importância de falar da política em todos os seus lados no ambiente escolar. “A gente precisa ser bem cuidadoso quando fala em trabalhar a política no âmbito escolar, pois o professor tem o dever de ensinar a matéria com todos os pontos de vista, ser plural. Isso é absolutamente necessário porque não é possível nós convivermos com professores que doutrinem ao invés de ensinar”, destacou.

Aos jovens que querem efetivamente participar da política, ele deixou o recado. “O jovem de fato quer participar da política, quer estudar mais, e esse é o primeiro passo antes de tudo, estudar, se informar, buscar livros e autores bons, seguir políticos que digam coisas que façam sentido para você. Mas o segundo passo é mais difícil, mais desafiador, porque o jovem que quer participar ativamente da política precisa se filiar a um partido e os partidos estão totalmente desacreditados no país, todos eles, não sobra um. Então o grande desafio é fazer com que o jovem analise os partidos existentes com muita frieza, pragmatismo, porque não é possível participar da politica sem estar filiado, avalie no seu município as pessoas mais próximas de você que participam de algum partido. Esse é o único caminho que a legislação permite para quem quer participar da política institucionalmente. Agora se o jovem quiser participar da politica de forma mais ampla tem muitos outros espaços que precisam ser ocupados, como grêmio estudantil, diretórios acadêmicos, associações de bairro, muitos espaços que hoje ou não tem liderança nenhuma”, aconselhou.