A celebração da Consciência Negra, intensificada com a criação do feriado nacional desta quarta-feira, 20 de novembro, inclui uma série de atividades pedagógicas nos vários níveis de ensino lassalistas relacionadas à valorização da cultura afro-brasileira, à luta contra o racismo e ao respeito à diversidade.
A programação é diversa e foi planejada de forma a estimular reflexões profundas, por meio de histórias, filmes, rodas de conversa, jogos e pesquisas.
Na Educação Infantil e Anos Iniciais, o aprendizado está sendo feito por meio de histórias e atividades lúdicas. Os pequenos da Creche 3 ouviram a história "A Cor de Coraline", de
seguida de uma conversa sobre diversidade e uma visita à sala da professora Janaina Schneider, do Atendimento Educacional Especializado (AEE), para dialogar sobre o tema. A professora, que é negra, mostrou fotos de sua família, contando a história dela e respondendo às dúvidas dos estudantes.O mesmo livro será trabalhado no Pré II em roda de conversa com as professoras, oportunidade em que as crianças refletirão sobre diversidade. Depois, as turmas produzirão trabalhos artísticos que simbolizam a importância do respeito às diferenças, como pintar a silhueta de uma mulher negra, colando E.V.A colorido em seus cabelos para representar a frase “Nossas diferenças fazem o mundo mais colorido”.
As professoras do Pré I contarão a história "As Cores de Mateus", de AQUI! As crianças participam da atividade respondendo às perguntas sobre a história.
e conduzirão um diálogo sobre respeito às diferenças raciais, complementada por um jogo inspirado na narrativa, que pode ser acessadoContação de histórias traz o tema para o debate no 1º e 2º anos do Ensino Fundamental. Serão trabalhados os livros “A Menina Bonita do Laço de Fita”, de Ana Maria Machado, e o “Meninos de Todas as Cores”, de Luísa Ducla Soares, com produções artísticas valorizando a diversidade e destacando a cor da pele e os cabelos cacheados dos negros.
As turmas do 3º e 4º anos explorarão as influências africanas no cotidiano, como na literatura, gastronomia, música e jogos, e celebrarão a beleza afro-brasileira por meio de atividades artísticas. No 5º ano, o trabalho será com o vocabulário, com a identificação de palavras antirracistas e construção de um mural.
Anos Finais e Ensino Médio: pesquisa, cinema e debates
Os estudantes do 6º, 7º ano e 8º anos assistirão nesta terça-feira, 19, ao filme "Duelo de Titãs", de 2000, seguido de atividades reflexivas. Além disso, realizarão pesquisas sobre temas como racismo cotidiano, personalidades históricas e contribuições culturais afro-brasileiras, culminando em seminários e discussões em grupo.
O filme exibido no 9º ano será Raça, de 2016. Os alunos também farão uma dissertação sobre a herança cultural africana.
Um dos destaques da programação para os estudantes dos Anos Finais foi a apresentação do grupo de capoeira da Apomil no pátio da escola.
Na 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, o foco será no letramento racial, com os alunos identificando e refletindo sobre palavras e expressões preconceituosas e construindo painéis educativos.
O terceirão aproveitará o tema da redação do ENEM deste ano para desenvolver análises críticas sobre “Desafios para a herança africana no Brasil”. Os estudantes também irão estudar obras de autores negros, como Machado de Assis e Carolina Maria de Jesus.
A coordenadora pedagógica, Marlete Gut, reforça a importância desse movimento na formação cidadã. “O Dia da Consciência Negra nas escolas não é apenas uma questão curricular obrigatória, mas um compromisso social com a formação cidadã e o respeito à diversidade. Esse tema exige um olhar crítico e contextualizado, que permita aos nossos estudantes compreender a relevância histórica e cultural da população negra no Brasil e o impacto do racismo estrutural em nossa sociedade.”
Segundo ela, as ações não são apenas para marcar a data, mas para gerar reflexões duradouras. “Desde a educação infantil, é essencial que as crianças sejam introduzidas a essa temática de forma adequada à sua faixa etária, promovendo o respeito às diferenças e valorizando a pluralidade étnica e cultural do nosso país. Este movimento educativo é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa, onde todas as etnias sejam respeitadas e reconhecidas.”