No 3º ano, a professora Elisandra partiu de um livro infantil para aproximar os estudantes do mundo das Ciências Naturais, mais especificamente, dos animais.
O resultado foi apresentado em um veículo de comunicação que nasceu para ser uma mistura de televisão, feita de materiais recicláveis, com o cinema, através da técnica do rolo de filme usada nos primórdios da sétima arte, no século 19. O aparelho, uma máquina a manivela, era chamado de cinematógrafo nos tempos dos irmãos Lumiere.
O trabalho começou com a leitura do livro Tem Penas ou Tem Pelos, da autora Beatriz Helena de Assis Pereira. Através de perguntas e respostas que tratam das características dos animais vertebrados, a obra instigou os estudantes, de forma lúdica, a reconhecer os mamíferos, as aves, os peixes, os répteis e os anfíbios.
Ao longo do livro, o animal imaginário vai se transformando conforme são descartadas as características que não possui. Que animal será esse? Será que tem asas e voa ou tem escamas e vive na água? Será um jabuti? Quem sabe um animal que mama ao nascer?
Motivados por essa narrativa, os alunos se organizaram em grupos, escolheram um animal e desenvolveram uma história de suspense.
O objetivo era que os outros colegas descobrissem, pelas características apresentadas em cada trecho da história, de que animal se tratava.
Montada a sequência da história, as folhas de papel foram emendadas umas nas outras e depois enroladas em um rolo capaz de girar ao toque dos “cineastas”. A cada frame, a turma ia dando seus palpites, até o momento em que se descobrisse qual era o animal apresentado.
A TV interativa provocou animação entre os estudantes, que tiveram um aprendizado interdisciplinar nas áreas das Ciências, Língua Portuguesa e Artes.