26/05/2017

Institucional

Sobre o valioso e o supérfluo

Sobre o valioso e o supérfluo Irmão Jonas Cerbaro, Diretor do Colégio La Salle

Não há dúvidas sobre a impossibilidade de darmos a mesma importância a todas as coisas, atividades... ao mesmo tempo. Somos limitados em tempo e espaço e, infelizmente, não podemos esbanjar o nosso tempo, pois ele nos é caro demais para desperdiça-lo; e nem ocupá-lo com supérfluos é conveniente. Assim, é costume construir uma hierarquia de valores; os valiosos estão no ápice e para eles dedicamos a maior parte do nosso dia, enquanto os supérfluos estão na base e não nos exige tanto tempo assim. Provavelmente o amigo leitor está se questionando sobre a própria pirâmide hierárquica de valores; aproveito a reflexão para fazer uma pergunta: a educação e o ensino/aprendizagem em que posição se encontram na vossa pirâmide de valores? Mais uma pergunta: Quanto dinheiro o senhor ou a senhora investe na educação e ensino?
Não é estranho pensar que, aquilo que mais nos é caro, recebe o nosso maior investimento, seja em tempo, dinheiro, espaço.... Assim sendo, o investimento com a educação e o ensino, deveria ocupar os primeiros lugares em nossa pirâmide de valores. Mas não é bem assim, não é? Existe uma porção de coisas que, não raras as vezes, estão em primeiro lugar, seja a parcela de um carro, a peça de roupa desejada, um tratamento de beleza, uma viagem, a academia.... Assim a educação vai ficando em segundo plano; não que ela tenha que estar sempre em primeiro, mas também não pode se configurar entre os últimos.
Alguns podem questionar o valor da educação, dizer que custa caro, todavia, não custa muito mais a ignorância? O domínio das ciências, a possibilidade de testar hipóteses, fazer experiências, conhecer pessoas e pensamentos raros e que nem todos podem compreender, uma carreira brilhante, um ótimo curso universitário, a capacidade de interação inteligente... quanto custa? Quanto custa não ter todas estas possibilidades? Sem dúvida nenhuma, nos tempos atuais, não podemos acreditar que o estudo, seja básico ou universitário, pode ser relegado aos últimos lugares em nossa hierarquia de preciosos bens.
Acreditar que a educação é um custo, é um gasto de dinheiro, tempo ou espaço, não é uma crença verdadeira. Ao contrário, trata-se de um investimento com retorno imediato e, ao mesmo tempo, com retorno a longo prazo. Imediato na medida em que, conforme o desenvolvimento, o sujeito pode ir dando as devidas respostas as necessidades que vão se apresentando e, a longo prazo, no sucesso como indivíduo e profissional.
Escolha para o seu filho(a), uma escola com experiência, com espaços e atividades apropriadas para o bom desenvolvimento, que tenha em sala de aula professores devidamente capacitados, que seja limpa, organizada, que respeite os estudantes, que tenha uma equipe pedagógica inteiramente à disposição, que invista em segurança e inovação, que cultive valores e os proponha aos estudantes e colaboradores, que desenvolva a inteligência emocional, que tenha experiência internacional, que respeite os colaboradores em seus direitos, que faça avaliações periódicas junto as famílias, que esteja em dia com a documentação exigida pelo Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária, que tenha atestado de funcionamento regular, que respeite as leis de acessibilidade e que faça uma educação inclusiva e não exclusiva. Afinal de contas, a educação é um investimento e um dos maiores bens. Não podemos desperdiçar nosso tempo, espaço e dinheiro em uma instituição de ensino qualquer.

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