O que a fada borboleta e a bruxinha fazem no Carnaval? “A gente vem aqui e faz bolinha de sabão”, diz a bruxinha Manuela de Oliveira. “E dança”, completa a borboleta Heloisa Liberato. “E corre pra lá e pra cá”, continua a menina com chapéu preto e abóboras no vestido. “Pra ver quem voa mais”, faz questão de reforçar a amiga de asas, antenas e varinha cor-de-rosa. Na imaginação das crianças, tanto Heloisa voa (como toda borboleta), quanto a bruxinha Manuela (mesmo sem vassoura). Quem também voa é o anjo. Pra que mesmo, Lorenzo? “Para chegar lá na casa dele, o céu”, diz o amigo de Manu e Helô, trajando uma asa de algodão e uma auréola, confeccionados pela sua tia, a estudante de Arquivologia Daiane Azevedo.
As crianças vestidas à caráter para a festa mais brasileira do ano são da turma do Pré II, que se despede em 2025 da Escola La Salle RJ. Mas, do Carnaval até a formatura, ainda há muitas aventuras pela frente. Logo no início do ano letivo, os alunos da tia Mariana (a professora Mariana Sampaio) já viveram a primeira delas: criar estandartes em sala de aula. Espécie de grande bandeira decorada, o estandarte é um símbolo de identidade visual das agremiações carnavalescas, com que Mariana teve contato mais próximo em uma viagem de férias para o Recife. Entre bonecos de Olinda e estandartes locais, ela teve a ideia que mobilizou os pequenos. Juntos, eles criaram o grande estandarte que puxou o bloco da Escola na Varanda Cultural na manhã do dia 28 de fevereiro.
E como todo bloco, nesse não poderia faltar música. O Mestre de Capoeira Bidu (professor Wellington) foi quem puxou os alunos, distribuindo pandeiro pra todo mundo. “Nas nossas aulas eu utilizo muito o pandeiro. Uma das professoras até me chamou uma vez de encantador de crianças, por conta de um filme antigo que tinha, que era o Encantador de ratos. Eu virei o encantador de crianças por causa do pandeiro. Com ele dá para trabalhar o ritmo, a musicalidade, e a alegria das crianças, a parte lúdica”, conta. Além do pandeiro a música veio também do tambor que tio Bidu batucava com maestria. Enquanto isso. no palco, as líderes de torcida cantavam e coreografavam as marchinhas. As professoras Mariana Sampaio, Yasmin Batista e Isabela Fogagnoli pegaram carona na ideia da assistente de coordenação Pamela Chelles e viveram o Carnaval 2025 como cheerleaders da Escola La Salle RJ.
Na primeira foto, a coordenadora pedagógico Maviane Lima com o estandarte criado pelo Pré II e a musicalidade do Mestre Bidu. Na segunda foto, as líderes de torcida da Escola La Salle RJ
A alegria dos alunos era contagiante naquela sexta-feira, como é no cotidiano. Com a palavra, para encerrar esta matéria, quem fez as crianças voarem num trenzinho improvisado ao som das músicas que nos mobilizam desde a infância a cada novo Carnaval. “Posso dizer que foi e sempre é maravilhoso interagir com elas. Hoje não era meu dia de trabalho, mas eu estava aqui porque eu que me encanto com as crianças. O brincar é muito necessário, não só por conta da alegria, mas também do desenvolvimento físico-motor”, conclui tio Bidu.
Confira abaixo algumas fotos do Bailinho 2025 e o álbum completo no Facebook, com todos os registros.
Por Luiza Gould
Fotos de Adriana Torres
Ascom Unilasalle-RJ