26/04/2019

Bibliotecas

O sentido da Páscoa

O sentido da Páscoa

As mesmas mãos que levantam para enaltecer, balançando ramos ao vento, são usadas para apontar, julgar, condenar. No que parece uma profunda contradição – o homem por trás de tantos milagres, recebido com festa, é fadado à morte, e morte de cruz – há um mistério profundo, um mistério do qual Pyetra Guido, aos 3 anos, pode não ter a real dimensão, mas já sabe expressar, tocada por algo que a transcende: “A Páscoa é que Jesus salvou a gente e ficou vivo”. E porque Ele vive, a grande festa é trabalhada com as crianças por variadas frentes.

No dia 11 de abril, os alunos encenaram a entrada de Jesus em Jerusalém. Enquanto Théo da Costa e Emanuelle Ribeiro passavam, como filho e mãe, à frente de duplas representando os discípulos, as demais crianças agitavam folhas de palmeiras, cantando “Hosana Hei! Hosana Ha!”, junto do violão e da voz de Rômulo Almeida. Já nos dias 16 e 17, foi a vez de estimular a partilha. A doação de padrinhos e madrinhas, permitiu à procura aos ovos de Páscoa pela escola. As crianças foram atrás das pegadas deixadas por um certo coelhinho, que “sujou o pé de tinta na sala da tia Mavi e saiu por aí escondendo os ovos”, como contou a coordenadora Maviane Lima aos pequenos.

 

 

Entre àqueles que resolveram participar da campanha, estão outras crianças. Os pais da Creche Escola Icaraí abraçaram a Páscoa Generosa e doaram 50 ovos para as crianças da Creche III e do Pré II, a partir da mediação da diretora pedagógica Gabrielle Magalhães de Carvalho. No dia 17 de abril, os alunos do CEI vieram participar da Caça aos Ovinhos. E juntos, de mãos dadas com os lassalistas, a diversão foi garantida. Cena que Wanderley Sant’Anna, do Pré II, não esquece: “Aqui na escola todo mundo procurou e achou seu ovo. As crianças da outra escola vieram aqui e ajudaram a gente. Depois, quando Jesus ressuscitou, meu pai me deu um ovo de Páscoa também”.

 

 

 

 

 

Nem sempre, no entanto, mais de um chocolate é realidade. E por esse motivo, Vanessa Ramos, mediadora do Pré I B, fez questão de ter um afilhado nesta Páscoa. “Desde que estou aqui, já vai fazer um ano, foi uma das ações mais bonitas que eu pude participar”, avalia, “Muitas das crianças não têm a oportunidade de ganhar um ovo de Páscoa, às vezes nem sequer um bombom. Foi muito bacana ver a felicidade deles e trabalhar a interação durante a caçada”.

Ora estimulando a ludicidade, ora aprofundando os sentidos da data. No dia 25, por exemplo, foi a vez de deixar de lado o coelhinho para voltar ao essencial. O colaborador da Ação Comunitária, Antônio Lucena, partilhou a Palavra de Deus com as crianças. E, naquele momento, pequenas mãos repartiram pão e uvas.

 

 

Por Luiza Gould

Fotos de João Loureiro e Adriana Torres

Ascom Unilasalle-RJ

< voltar