09/06/2017

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Mascote do 2º período, sapo Buba completa 5 anos

Mascote do 2º período, sapo Buba completa 5 anos

Mesa arrumada, com toalha, balas, pirulitos, guloseimas diversas, muitos balões de adorno, além, é claro, das lembrancinhas e até porta retrato do aniversariante. Toda a família estava ali, diferentes tons de verde a olhar para ele: o grande bolo posicionado estrategicamente ao centro. Qual será o sabor? Tia Mavi anunciou logo no fim do parabéns, enquanto cortava as primeiras fatias: “O Buba gosta muito de ficar no laguinho, então é um bolo coberto de lama e recheado com deliciosas moscas”. A resposta veio na mesma hora, com várias crianças torcendo o nariz e falando “Argh!”, apesar de, no fundo, saberem que era só chocolate! O mascote do 2º período fez aniversário no último dia 8 de junho e nada melhor do que comemorar com uma boa festa.

Os pequenos vieram de roupa especial para celebrar aquele que é o amigo de todas as horas, como explica a auxiliar de coordenação Maviane Baense de Lima: “O Buba, para a turma, é como se fosse mais um aluno, ele tem data de aniversário, está na chamada, participa das atividades, vai para a casa das crianças no fim de semana. Todas são apaixonadas por ele, e eu por essas professoras que realizam o sonho dos nossos anjinhos”. As professoras a que tia Mavi se refere são tia Shirley, ou Shirley Torres, e tia Gigi, Gislaine Rodrigues. Para a primeira, a relação do 2º período com Buba é tão especial também porque eles deram forma ao personagem do livro “O sapo orgulhoso” (coleção “Fábulas que ensinam”). “Nós trouxemos os cortes do tecido e eles foram enchendo até formar o sapo”, relata Shirley, “Desde então, eles levam o boneco para casa junto com a obra”.

Sarah de Almeida Moraes é só animação para contar a história da vez em que o mascote ficou sob sua responsabilidade. A menina de grandes olhos castanhos e lindos cachinhos classifica como “legal” a festa do último dia 8 de junho. “Tem o sorteio e podemos ficar com o Buba um pouquinho. Eu aproveitei a Páscoa com ele, apresentei ele para a minha avó, tirei foto, passeei com ele na rua, brincamos de panelinha junto com a minha prima”, conta Sarinha, como é chamada na turma. A aluna tem 5 anos, a mesma idade do amigo, e, neste caso, qualquer semelhança não é coincidência, contrariando o ditado popular. O mascote de cada período tem o tempo de vida da maioria da classe, uma estratégia para a celebração ficar a cara deles.

Mas afinal, quem é o Buba? Cabe a Gislaine, com o livro nas mãos, esclarecer: “O sapinho lá na lagoa maior do que todo mundo. Ele é meio desajeitado, tem o olho arregalado, é grandão, é diferente dos outros, e, por isso, tem vergonha de sair”. Os amigos incentivam ele a deixar o brejo para passear. Buba, no entanto, é orgulhoso e se recusa a sair. Quando, finalmente é convencido, o personagem vê pela primeira vez um touro que parece não se importar muito com seu tamanho. “A história nos ajuda a trabalhar a aceitação. Argumentamos com as crianças que ninguém é melhor que ninguém, só possuímos características diferentes. Apesar de grande, Buba é carinhoso com os amigos, por exemplo. Trabalhamos, assim, a formação de identidades”, conclui a professora.

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