Educadores de vários municípios participaram do evento

Cerca de 400 professores e diretores das escolas lassalistas de vários municípios gaúchos participaram do Encontro Provincial de Educadores Lassalistas - Epel, no Salão de Atos La Salle.  Recepcionados pelo Provincial e Presidente da Rede La Salle, Ir. Jardelino Menegat, o grupo se reuniu, como anualmente acontece, para refletir sobre a prática educativa. O vice-reitor do Unilasalle, Ir. Cledes Antônio Casagrande, a Pró-reitora Acadêmica do Unilasalle Canoas, Professora Vera Ramires, e a diretora do Colégio La Salle Canoas, Elisa Medeiros, também recepcionaram o grupo neste evento organizado pela direção de Missão e Pastoral da Rede.

Sob a  temática “Escola - Família - Juventudes”, os educadores participaram, pela manhã, do painel “Escola – família e juventude: nosso compromisso de educar”, com a  psicóloga e escritora,  Adriana Wagner, e com o professor e assessor acadêmico-pedagógico da La Salle Business School do Unilasalle Canoas, Augusto Niche Teixeira.  À tarde os professores se dividiram em grupos, por nível de ensino, para trocar experiências. Momentos de confraternização, como o café da manhã servido antes da abertura do evento, e o café servido no encerramento fizeram parte da programação que também incluiu uma Missa Solene.

O Ir. Jardelino destacou que no processo de educar  e aprender a família e a escola precisam sentir-se responsavelmente parceiras, ou seja, aliadas para assumir o compromisso com o ser humano. “Todos nós reconhecemos que a escola é o lugar onde se proporciona entendimento e compreensão dos limites, das regra, da formação de valores éticos, religiosos, morais e afetivos que levam ao exercício da cidadania.”

“É preciso educar para a complexidade”

Na era da cultura digital, lembrou o professor Augusto Niche Teixeira, é preciso educar para a complexidade. Ele também afirmou que os jovens hoje buscam experiências de aprendizagem no contexto do século 21. Querem emoção, sentido e significado. Ele ainda convidou o grupo a questionar sobre  as práticas educativas que hoje não atraem  tanto os alunos. “Crianças e jovens de hoje têm uma estrutura cerebral diferente de gerações passadas, porque recebem outros estímulos”, afirmou.  

Adriana Wagner falou das mudanças no perfil da família brasileira, assunto que pesquisa e sobre o qual tem vários artigos publicados. De acordo com ela, num contexto de separações e novos casamentos, de predomínio da guarda dos filhos com as mulheres, de gravidez tardia, surge uma  crise no modelo tradicional de família e alguns desafios: a falta de paradigmas explicativos do funcionamento de tal diversidades familiar e uma demanda crescente de novas alternativas de regras de funcionamento.  Ela levantou a questão de como lidar com essas novas demandas na escola e opinou que são caminhos que estão sendo construídos.