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“O porto de Estrela está ocioso necessitando de operações, não se admite uma estrutura tão capaz estar nessa condição de subutilização”, destaca o diretor da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), Cláudio José das Neves. Ele foi um dos debatedores da mesa-redonda feita nesta quinta-feira (30) na Faculdade La Salle de Estrela. O painel, promovido pelo curso de Logística da Instituição discutiu a situação do modal e estratégias para o futuro. 

Segundo Neves, o porto de Estrela tem um grande potencial e está sem operações comerciais hoje pela crise de mercado. “Tem uma estrutura pronta, a disposição do empresariado do Vale para fazer as operações, eles é quem devem buscar conosco prospecções de  área para fazer o escoamento dos seus produtos”.   Destaca que  Estrela tem uma condição rara e única: capacidade para atender os três modais, rodo-hidro-ferroviário e por isso, o governo está atento à cidade.  Neves diz que há empresas interessadas em movimentar o Porto de Estrela. De acordo com ele, o Estado está pronto para dar condições para elas, para que possam operar no local.

O prefeito Rafael Mallmann, que também participou do debate, salienta que Estrela sempre foi conhecida como  modal de transporte do Vale do Taquari e isso fortaleceu o município. “Desde 1996 nosso porto se foi e a linha férrea também. Agora estamos trabalhando devagarinho pela reativação do modal que está há 20 anos parado.” Segundo ele, para a utilização de todo o potencial do porto, é preciso reorganizar a estrutura de operadores portuários, empresários e donos de embarcações. É uma adequação que deve ser feita gradualmente e não da noite para o dia.

O presidente da Câmara do Comércio e Serviços de Estrela (Cacis), Pedro Antônio Barth, explicou que a situação na área portuária não é de fácil solução. Começa pela  navegação no Rio Taquari. Os barcos têm dificuldade pelo baixo calado. Barth vê a dragagem como solução paliativa. “Para o futuro, é preciso pensar na construção de uma eclusa na altura de Taquari para elevar a água e facilitar a navegação.”

O vice- presidente da Câmara da Indústria e Comércio  (CIC) regional, Henrique Purper concorda com Barth. “Nós não estamos conseguindo fazer o porto funcionar devido a muitas coisas que estão travadas. Não adianta termos um porto se não temos hidrovia. O rio está sem condições de navegação por ser muito raso. Precisamos de calado.”

O painel que reuniu os quatro líderes regionais durou duas horas e foi o marco inicial do curso de Logística. “Acredito que com essa iniciativa estamos fazendo nosso papel  como instituição ao trazer  à tona para a comunidade, um assunto de relevância regional. O resultado que vamos alcançar em relação a isso só o tempo vai dizer”, concluiu o coordenador do curso, Marciano Bruch.

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