04/12/2017

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Luvas, chutes e disciplina: Muay Thai na La Salle RJ

Luvas, chutes e disciplina: Muay Thai na La Salle RJ

Na busca por terras férteis, habitantes da China migraram para o local hoje conhecido como Tailândia. Pelo caminho, tiveram que lidar com o ataque de bandidos, foram hostilizados e, além disso, contraíram doenças. Para se protegerem, criaram uma luta de autodefesa. O método contava com o uso de facas, bastões, arco e flecha e outras armas. Porém, no treinamento, muitos praticantes feriam-se gravemente, fazendo os tailandeses criarem, então, um método em que as armas não eram utilizadas. É o que, atualmente, conhecemos como muay thai. Essa é a história que a maioria dos mestres de muay thai e historiadores tailandeses aceitam. A modalidade hoje é conhecida pelo mundo inteiro e vem crescendo ainda mais no Brasil.

 

O mestre Vinícius Baís se dispôs voluntariamente a apresentar o esporte aos pequenos em novembro e o resultado veio em forma de disciplina, melhor coordenação motora, equilíbrio, flexibilidade, respeito e gasto da “energia infinita” deles. Baís divide a paixão pelo muay thai com a fisioterapia, e ministra aulas particulares em mais de uma academia. Além disso, ele também atua como fisioterapeuta no Fluminense Futebol Clube, em Laranjeiras.

  

“Comecei a praticar muay thai, judô e jiu jitsu no final da minha infância, e me graduei no jiu jitsu e no muay thai, mas nunca pensei em dar aulas, pois sempre foi um hobby, uma coisa que me fazia muito bem. Dois amigos me incentivaram, eles estavam muito estressados com a rotina de trabalho e eu sugeri que fizessem uma luta para aliviar. Comecei a dar aula para eles no play do meu prédio, em questão de meses foram chegando outros amigos, até o ponto de incomodar as pessoas do condomínio. Levei todos para a academia onde eu treinava e daí por diante comecei a dar aula em vários lugares“, explica Baís.

Ele trabalhou poucas vezes com o público infantil, mas tirou de letra o desafio na La Salle RJ. Os pequenos se organizaram em filas, e o mestre ensinava os golpes de acordo com a capacidade de cada criança, auxiliado por João Pedro Senna e Max Pires. Após a aula, muitos pegaram emprestado a luva do “tio”, como chamavam Vinícius Baís, e começaram a lutar individualmente, mas sempre supervisionados.

Se para o mestre foi divertido, para as crianças mais ainda! Segundo Davy Lucca Esteves, de 5 anos, a aula foi “Muito ótima. Pude dar uns chutes legais”. A amiga Julia Albuquerque, também do 2º período, gostou de dar socos e lutar. Já Joana das Graças, quer repetir a experiência. A semente do muay thai foi plantada e se depender dessa turminha vai criar raízes.  

 

 

 

Por Camila Reis / Revisão Luiza Gould

Fotos de Beatriz Siqueira

Ascom Unilasalle-RJ

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