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Para a reflexão deste mês de julho, trago um extrato da conclusão do texto apresentado no artigo, com o Título “As famílias na pós-modernidade e o desenvolvimento moral” na Revista STUDIUM/MT - Set 2016, 3.

A encíclica Evangelium Vitae (n. 22) de João Paulo II, aponta a realidade da situação da família quando evidencia a relação entre os males e uma existência pessoal e social construída como se Deus e os valores transcendentes não existissem, afirmar que quando a sociedade declina do sentido de Deus, o sentido do homem também fica ameaçado e distorcido. Quando o homem vive como se Deus não existisse, ele perde o sentido da transcendência e do mistério do mundo e do próprio homem. Neste sentido, o sentido de justiça perde também o seu sentido, pois justiça, visto já desde a ática grega, é buscar o sentido do homem na dimensão racional-espiritual, dos valores transcendentes e do ideal de bem e de justiça, numa sociedade justa.

Também não se aproxima do que propõe Rawls(2002) em seus dois princípios sobre a justiça: do princípio da igualdade, onde todos devem ter o direito ao acesso aos bens essenciais da vida humana de saúde, educação, segurança, estabilidade, mesmo os menos favorecidos; e o princípio das diferenças, que afirma que as desigualdades são aceitas enquanto beneficiam os mais desfavorecidos na escala social, onde o mínimo social vital deve ser fixado em um nível que maximize as expectativas do grupo menos favorecido; o princípio admite a desigualdade nos cargos públicos e nas vantagens, desde que se respeite a condição de que todos os cidadãos tenham igual oportunidade de acesso a esses postos; os critérios são a aptidão, a formação e a competência publicamente comprovados em concurso.

Esta perspectiva também não acolhe a proposição da ética da ação comunicativa proposta por Habermas pois que para ser verdadeira, a ética discursiva, pressupõe uma adesão prévia à veracidade (à verdade), honestidade e sinceridade do homem local, inserido no mundo da vida – pessoal e social. Mas nem sempre as pessoas e a sociedade atendem às pretensões prévias: - da veracidade de afirmação: as pessoas não falam a verdade; da correção normativa: - as relações sociais não são justas e de valores; da autenticidade e sinceridade: - as pessoas não são sinceras, autênticas e responsáveis no que falam. A ética do consenso nem sempre acontece: não se chega à verdade, ao bem, à justiça.
 

 

Lucas do Rio Verde, agosto de 2017.
Prof. Dr. Nelso Antonio Bordignon, fsc
Diretor Geral - Faculdade La Salle

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