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Em 2016, ocorreram três homicídios em Estrela. Como a própria Brigada Militar assegura, o número não é alarmante, mas a sociedade estrelense está buscando soluções para evitar que a situação se torne amedrontadora.  Pensando nisso, a Câmara de Comércio, Indústria e Serviço (Cacis), com o apoio da Faculdade La Salle, organizaram o I Painel de Segurança Pública na quinta-feira (6). O evento reuniu seis debatedores no auditório da instituição que somaram esforços para buscar respostas a fim de conter a criminalidade e aumentar a sensação de segurança. As câmeras de vídeomonitoramento apareceram como uma solução destaque, mas outros pontos também foram abordados.  Das sugestões, foi criada uma carta que será levada às autoridades municipais e estaduais.  O documento é uma forma da comunidade demonstrar sua união e também pressionar para que a questão da segurança seja, de fato, eleita como prioridade no Estado, município e sociedade.

“O compromisso da segurança pública é de todos nós. E não estamos agindo nesta questão. Temos de acordar o povo para isso”, esclarece o presidente da Cacis, Pedro Antônio Barth.

Os roubos a estabelecimentos comerciais são o que mais assustam o estrelense. Em 2016, houve 38 casos. O major da Brigada Militar Marcelo de Abreu  Fernandes salientou que para evitar crimes e ajudar a polícia, a população deve adotar hábitos seguros e rotinas de segurança na vida pessoal. Além disso, tem um papel importante na coibição do tráfico de drogas. “A população pode ajudar denunciando.”

A delegada Márcia Scherer expôs a precariedade do aparelhamento humano da Polícia Civil. Este ano, houve 3.150 ocorrências registradas em Estrela.  A área atua com poucos agentes. “Oitenta por cento dos presos reincidem. Nós estamos enxugando gelo.” Apesar da pouca mão de obra disponível,  disse que o policiamento é de excelente qualidade.

Os crimes deságuam na promotoria. O promotor André Costa vê com preocupação os roubos a estabelecimentos comerciais e sugere duas medidas importantes para redução desse tipo de delito: implantação de monitoramento por câmeras e contratação de segurança privada. “Os roubos na maioria das vezes são praticados por pessoas de fora de Estrela.” De fato, os fáceis acessos e saídas do município e a proximidade com Lajeado são problemas para o combate da criminalidade no município.

Em Estrela, a Justiça já fez o pedido de criação da 3ª vara. É que há uma demanda grande para atender na Comarca. “Às vezes não podemos ser tão rápidos quanto gostaríamos. Nos esforçamos para manter as ações criminais em uma pauta breve”, salienta a juíza Débora De Marque. As ações são solucionadas em até 60 dias. A juíza acredita que é preciso pensar em uma forma de prevenção para evitar que mais pessoas ingressem na drogadição. “A mudança no número de crimes se deu a partir do surgimento do crack.”

 A Câmara de Vereadores está engajada em assegurar a segurança nos bancos e suas redondezas. “A Câmara tem um projeto de vigilância 24 horas, cujas instituições bancárias tem prazo para implantar em Estrela. Acreditamos que assim ajudaremos a inibir os bandidos que explodem caixas eletrônicos”,  salienta o presidente Adriano Scheeren.

O videomonitoramento aparece como uma forte solução para garantir a segurança da cidade. O prefeito Rafael Mallmann diz que até janeiro planeja implantar o projeto no município. “Estamos dispostos a alugar os equipamentos ao invés de comprar.” A locação custaria  R$ 26 mil mensais.

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